sábado, 19 de maio de 2012

Overtraining. Mais um grande adversário dos Esgrimistas.


                Após a Copa do Mundo de Espada Feminina, realizada no Rio de Janeiro, nossas atletas voltaram para os treinos a todo vapor.
                Por tal motivo, me aproveito do fato para trazer informação a todos do grupo da ESGRIMA e a todos que possam se interessar.
                A busca do máximo desempenho atlético depende de um programa de treinamento cuidadoso, com qualidade e supervisão.
                A empolgação e a tentativa de chegar ao "corpo perfeito" tem levado o treinamento físico à altíssimos patamares...  colocando em jogo a saúde física e mental dos atletas.
           Overtraining é quando o organismo é submetido a uma sobrecarga exagerada, sem o descanso necessário para a plena recuperação do organismo. Tal evento leva a alterações cardiovasculares, metabólicas, hormonais, motoras e psicológicas, causando perda de desempenho.

Os sintomas mais comuns são:
- Aumento da frequência cardíaca ou, em alguns casos, diminuição;
- Aumento da irritabilidade;
- Aumento da incidência de lesões;
- Diminuição acentuada da massa corporal magra
- Diminuição do apetite;
- Diminuição ou até perda do sono;
- Elevação da pressão sanguínea de repouso;
- Falta de vontade e motivação para o treinamento;
- Perda do desejo de competir.

                É verdade que o limite para o aparecimento do "Overtraining" varia entre atletas. O que está provado é que atletas muito motivados correm maior risco de "overtraining" do que os outros.

Dicas para evitar esse excesso são:
- Treinar com coerência... sem "loucuras ou excessos".  Lembrem-se de que atletas são formados por muitos tijolos, devidamente assentados por muitos e muitos anos de treino e dedicação...
- Reconhecer o aparecimento de algum ou vários sintomas negativos da lista acima provocados pelo excesso.  
- Não "querer correr 1 hora em 5 minutos"...

                A boa notícia, é que, o tempo de restabelecimento para um atleta retomar seu nível normal de rendimento e estar novamente desempenhando sua atividade física e treinamento nos níveis desejados é pequeno.

Fique ligado, em breve, mais um toque eu vou te dar!
Abraços
Mestre Trois


O mundo vai “acabar” em 2012? Ainda bem que ninguém sabe!


  O que se sabe é que os ingleses estão correndo para finalizar as obras para os Jogos Olímpicos de Londres 2012.

  Jogos marcados exatamente para o ano de 2012, previsto pelos mais loucos e apocalípticos como o ano do fim do mundo, os “doidões” afirmam que será entre julho e agosto, sem se preocupar, quase a totalidade da população do país está envolvida com o evento.

  Seguindo a boa e velha tradição da “pontualidade”, nossos amigos britânicos se preocupam em evitar atrasos e terminar a bom tempo todas as obras para o grande evento.

  E nós? O que o país do futebol tem feito para que tenhamos, mesmo antes do Rio 2016, uma participação efetiva nos Jogos Olímpicos?

  Até agora, quase três anos após o anúncio do Brasil como país-sede, na prática, quase nada vem sendo feito.

  Sou um “bola pra frente e esperançoso”, por isso, gostaria de poder afirmar o contrário. Ainda entendo que é cedo. A ação real que me dá esperança é que uma grande estatal “adotou” cinco esportes como ícones e estará patrocinando até os Jogos do Rio 2016, melhorando as condições para eles se desenvolverem. Entraram na nobre lista a Esgrima, o Taekwondo, Levantamento de Peso, Tiro ao Arco e o Boxe.

  Por competência, e um pouco de sorte, a Esgrima foi um entre os cinco esportes inteligentemente escolhidos pela Petrobrás. Com a possibilidade de disputar até 30 medalhas em Jogos Olímpicos, e mais de 40 em Campeonatos Mundiais, a escolha dos esportes pela patrocinadora foi muito inteligente.

  Agora faltam os detalhes para dar início ao processo que, na prática, deverá apresentar três ações principais: Alto Rendimento, Divulgação e Atividades de Inclusão Social.

  Noites em claro, dimensionando e redimensionando orçamentos, ligações entre os membros da coordenação marcaram os primeiros meses do Projeto Olímpico Rio 2016, que culminou com a aprovação da diretoria da Petrobrás ao fim do ano passado.

  Esperamos agora, o mais breve possível, poder contar com este apoio para preparar nossos atletas para que não “convidemos nossos inimigos para a festa” somente.

  O desafio está lançado. Agora é “colocar a mão na massa”…
Abraços a todos e sigamos em frente.

  Em breve, mais um toque eu te darei.

Mestre Trois

Um fim de semana a sós em Havana

Meus caros
  Num final de tarde úmido e quente, como era de se esperar em Cuba, arranjo um pouco de tempo para escrever estas linhas.
  Na reta final da preparação para os Jogos Olímpicos de Londres 2012, as competições oficiais da FIE servem para, além de pontuar no Ranking mundial, organizar os atletas classificados para os jogos na composição do quadro de eliminação direta.
  Assim, todos podem imaginar que o nível dos atletas é algo impressionante, haja vista que eles ou elas, vêm em sua melhor forma, crescendo para o grande dia.
  Aí, como qualquer mortal, vibrante com o esporte, cheguei aqui para mais uma arbitragem e, acreditem amigos, nenhuma brasileira presente... Considerando que, para nós da Esgrima, uma competição em nosso continente Americano é luxo... achei que encontraria boa parte de nossa equipe.
  Não faço juízo do Porquê... pois sei de algumas das dificuldades em conseguir verba e apoio, mas realmente fico refletindo sem entender... Até mesmo pelo fato de que sei que nossa equipe irá para Nanking, na China, em pouco mais de uma semana.
  Buenas, vou arrumar minhas coisas, pois amanhã o quadro de eliminação direta de 64 será muito forte... mas, sem as nossas atletas.
   Fique ligado pois, em breve, mais um toque eu te darei.

Abraços a todos
M. Trois

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Respeite quem pode chegar aonde a gente chegou!

Não querendo entrar no mérito que permeia a grande maioria dos esportes, em que os mais antigos e experientes se utilizam da frase “Ah! No meu tempo, a coisa era melhor…”, considero que a Esgrima do Brasil teve um importante marco em sua história, o curso de Mestre D’Armas em Esgrima que, com apoio da Federação Internacional de Esgrima, foi trazido ao Rio de Janeiro pela CBE em 1989 por pressão do então presidente à época o Sr. Arthur Cramer Ribeiro.

A partir deste momento, começamos a falar a mesma “língua esgrimística” e, principalmente, com muita coerência. Novos professores, ex-atletas ou não, começaram a entender os procedimentos didático-pedagógicos e, principalmente, a desenvolver um método de ensino de Esgrima com uma mesma linha de trabalho. Seguindo as orientações da Escola Francesa de Esgrima, liderados pelo competente Mestre Dominique Solari, muitos mestres foram formados.

Com estes mestres, atletas apareceram, um maior número de interessados começou a praticar, tivemos mais adeptos e, por consequência, as competições começaram a ter um grande número de participantes.

Independentemente de como chamemos os novos alunos, tornou-se imprescindível começar a buscar, além de uma filosofia de trabalho padronizada, uma forma de encontrar os possíveis talentos.

Começava assim, uma nova etapa onde buscávamos instrumentos de medida de avaliação da “performance” para o Alto Nível.

A partir de algumas exigências específicas da esgrima, como exemplo, qualidades físicas, aspectos morfológicos, coordenação neuromuscular e inteligência adaptada ao esporte de oposição, começamos a criar um perfil bem brasileiro de nossos futuros campeões.

Passamos por uma etapa difícil de trabalho, em que era necessário definir se existiam fatores limitantes da performance.

Ao final, chegamos a uma velha e muito correta interpretação: Só muito trabalho é que nos trará campeões.

Vinte anos depois, muito suor e com o couro de meu talvez quinto e bem surrado plastron, com alunos que ganharam provas internacionais, medalhas em Campeonato Mundial, posso dizer aos que pensam em ter algum sucesso na vida, tanto de esgrima como no seu dia-a-dia. Talentos são uma pequena parcela do todo, a receita que deu certo foi: “Treinar, treinar, treinar e confiar naquele que oportuniza os conhecimentos.

Gostaria de deixar o meu “Salve”, em reconhecimento aos mestres que nos antecederam, pois, sem eles não estaríamos aqui hoje. Obrigado ao Mestre Queiroz, querido tio e meu grande Mestre, ao João Rosa, incansável e sempre alegre, ao mestre Sonnenstrahl, Sampaio, Pereira, Heitor, Hugo Mattos, Buonafina, Dona Amélia entre muitos.

Respeitem seus mestres!

Aproveito-me do refrão do sambista Jorge Aragão: “Respeite quem pode chegar aonde a gente chegou!”

Abraços a todos e sigamos em frente.

Em breve, mais um toque eu te darei.

Mestre Trois